segunda-feira, 4 de julho de 2016
No mito, Medusa é descrita com a cabeça cheia de serpentes e sua história diz que ela foi uma mulher deslumbrante, que todos os homens da Grécia queriam possuir e todas as mulheres a invejavam. Medusa não podia se casar porque era sacerdotisa de Atena deusa da guerra e suas servas estavam além dos desejos masculinos, por isso deveriam permanecer virgens, entretanto Poseidon, enlouquecido pelo desejo, violentou a sacerdotisa dentro do templo de Atena. Que ao saber voltou sua ira contra Medusa por achar que ela profanou seu templo e jogou uma maldição sobre a sacerdotisa que de bela se torna um monstro. No mito, Medusa se tornou uma criatura chamada gorgona. A mudança em sua aparência foi só o início do castigo, pois seu olhar passou a petrificar as pessoas, além de torná-la alvo para os guerreiros, já que Atena ofereceu ao guerreiro que trouxesse a cabeça de medusa maior arma de uma batalha. Transformando as serpentes da cabeça de Medusa em falos, o autor consegue trazer para o exterior de Medusa o seu mostro interior, criando uma imagem impactante sobre o medo. Já que a violência de Poseidon e a incompreensão de Atena a impediram durante toda a vida de olhar no espelho e não ser alvo de sua própria imagem. Medusa, assim como muitas mulheres foi a vitima que tornou-se vilã pela incompreensão daqueles que muitas vezes esperamos nos proteger. A medusa impactante de Ney Sayão é uma forma de protesto contra a violência sexual perante as mulheres. Aquilo que nos fere fica de tal forma em nossa cabeça que se torna dono dos nossos pensamentos e nos transforma em monstros incompreendidos. Texto: Keyla Magalhães e Ney Sayão.
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